!!!Angelinha!!! Liberté diz:
*a então
*eu to aprendendo uma coisa
*lembra do roberto cardoso de oliveira
*olhar, ouvir e escrever
*tenho a impressão que com muita calma e cautela é isso que devemos fazer sempre
*e quando falar pensar muito bem antes
*e mostrar nossas idéias nem sempre é tão necessário quanto pensamos
*mas que no momento certo, com as atitudes certas e com as palavras certas
*a gnt pode até conseguir depois de muito sacrifício mudar algo
Lígia... http://cotidianoexcepcional.blogspot.com/2010/09/coisas-que-so-se-pode-imaginar-aqui.html diz:
*que lindo isso que vc escreveu amiga! E sabe, pensando bem... É só o que eu tenho feito aqui...
Pertencimento, essa palavra existe? Bom, não sei. Só sei que foi nela que pensei ontem o dia todo durante o festival. Pensava nela e me perguntava o que eu fazia ali. Era claro que eu não pertencia àquele lugar. Claro para mim, não para os outros, que nem ao menos se deram conta da minha presença (todos, menos o menininho que me pediu pipoca, ele realmente notou a minha presença, ou terá sido a presença da pipoca?), para eles o que era importante era aquele momento entre os seus, não os outros.
Foi um sentimento engraçado. Eu sabia que não fazia parte de nada daquilo, mas alguma coisa me reconfortava. Alguma coisa, no meio daquelas pessoas, daquelas barracas, daquelas músicas e cheiros, me lembrava a Festa Uai e me fazia pensar que estava tudo bem. Que eu não estava invadindo o espaço de ninguém, que um pouquinho daquilo podia ser meu também. E isso me fez ficar até o finzinho da festa, roubando um pedacinho do que é deles.
Acho que era sobre isso que a MS (Angelinha pros menos íntimos) estava falando. Penso que é isso que nós, Cientistas Sociais aprendemos a fazer durante os quatro anos de graduação e que, sem percebermos, acabamos trazendo para nossa vida. Aprendemos a OLHAR, OUVIR e ESCREVER. E acabamos por fazer isso o tempo todo...
Só que, em algum momento desse processo, fazemos o que eu fiz lá no festival. Nos tornamos íntimos daquilo que observamos e ouvimos. Passamos a fazer parte. Isso é certo? Não deveríamos pedir permissão? Sinceramente não sei. O que eu sei é que acaba por tornar-se um processo natural. E, quanto mais convidativo e estranho é o mundo que está à nossa volta, mais esse processo se aflora.
Aqui a sensação que eu tenho é essa. a de que estou constantemente Olhando, Ouvindo e correndo para escrever. Para registrar. Acho que ultimamente essa tem sido a única forma de eu expressar meus sentimentos. De realmente "mostrar" o que penso, o que essa minha cabeça maluca processa. Já que, como disse sabiamente a MS, aqui, mais do que nunca, falar é algo que demanda um exercício de reflexão enorme. Parece que estamos sempre "a pisaire em ovas"!
Isso é bom! Pode parecer que não, mas dizem que saber ouvir é sempre melhor que falar...
PS: Depois posto as fotos...